
Não compreendeu o que ela lhe dizia, mas ficava maravilhado só de estar do lado de alguém tão iluminante. Ainda não entendia o porquê de sua consternação. Ela queria ir embora, abandonar tudo, dizia estar cansada da violência que ninguém mais via, via milhões de fotografias e achava todas iguais.
Aos poucos, ele foi ficando dourado também. Só que ela já tinha ido embora. Quando se deu conta de sua nova cor, ficou tão feliz que nem se lembrou dela. Agora podia enxergar o que antes não podia nem imaginar. Ficou encantado e horrorizado com o que viu. Quando foi tentar contar pra alguém tudo que tinha visto, entendeu o motivo da tristeza que a acompanhava: Ninguém conseguia perceber o que ele via.
Em desespero, começou a procurar pela única pessoa que o compreendia. Só que ela não estava mais ali. Então, com lágrimas nos olhos, tomou uma difícil decisão: Voltaria a ser cinza. Tentou, tentou e tentou, mas infelizmente (ou será que felizmente?) não conseguiu.
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Fabiano Che
Fabiano Che
12 comentários:
O.O
É quando perde que se da valor...
http://cerebro-musical.blogspot.com
aaaii adorei o texto *-* mto mto mto mto foda! amei mesmo! tão lindo, vou até copiar!
É quando a gente perde o que da cor as nossas vidas, que damos valor a elas ;]
Otimo blog! paraaaaaabens!
Beijos,
passa la ?
http://www.nadaaverpontocom.blogspot.com/
só avisando que tbem to te seguindo!
Parabens novamente pelo blog, é bom saber que ainda existem blogs bons por essa internet!
Post bem reflexivo meu amigo,eu escrevo poesias e estou lançando um livro,com isso posso dizer que você tem uma alma cheia de talentos.
Só unir as palavras certas que esse post pode virar um soneto.
Parabéns,obrigado por visitar meu blog(ZONA RGS).
Estou acompanhando seu blog e espero que ainda veja o meu.
www.zonargs.tk
Sensacional (apesar de ser um plágio descarado [mas sensacional] do Mito da Caverna)…
Acho que aqueles que já passaram não entenderam (ou talvez eu que não tenha entendido). De qualquer maneira…
Agora falando com o modo crítico desativado, me sinto (mais intensamente agora) como "ela" e cogito essa possibilidade como "ele". Só que… tentar e conseguir voltar a ser cinza denota covardia, apesar de ser recompensado com o conforto…
Droga, droga, droga… mil vezes DROGA!
Ser dourado faz se sentir como o náufrago, na qual se tem apenas Wilson, a bola de vôlei.
Anyway, sensacional… o título, a imagem…
muito bom
seria dificil mesmo,brilhar e ninguem se ver ou ouvir seriacomo viver sozinho
Mente aberta°°°°°Vida livre
Calma aí!
Eu não sei se o sentido do texto foi ver que, só sentimos falta de algo quando o perdemos.
Não seria a agonia de uma pessoa (dourada) ver o que ninguém mais consegue, e com isso, querendo voltar a não ver? Ficando o dilema do que seria melhor, ser como a maioria (cinza), ou viver, de certa forma, na solidão por ser diferente. (Lembrando da música do mestre Gessinger (rs)).
Parabéns pelo texto, Fabiano.
Pegando uma carona, ou não, no mito da caverna de Platão e na música de Gessinger, foi um dos melhores textos que você já fez. Talvez o melhor.
P.S: Acho que você está inspirado nesses últimos dias rs.
P.S.2: Não sou dourado, mas também não me sinto cinza.
P.S.3: Em momentos como esse que eu sinto muito orgulho de ser seu amigo.
Oooh, que graça. Momento cuti-cuti…
"Oooh, que graça. Momento cuti-cuti…"
¬¬
Nem todas as cores combinam com todos.
Belo texto.
quem já teve sua cor tocada por outra dificilmente voltará a ser como antes
há uma infinidade de novas cores para ser, cinza é apenas uma delas
um belo texto realmente
vim de visita
posso voltar?!
=)
Uhh, claro que pode...
dani.ella, gente famosa por aqui
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