sábado, 30 de janeiro de 2010

Satanista, eu?

Sem inspiração...

Tente não forçar a barra, deixe fluir.
 
Deus? É o senhor?

Um pouco mais quente e devasso.

Ahn... Sidney Magal?

Pense em Deus, só que de férias.

O Diabo!!

Descobriu o Brasil...

O que quer de mim?

SUA ALMA!!! Brincadeira. Adoro ver a cara das pessoas quando digo isso... Só vim para desmistificar certas ideias preconcebidas que tem de minha pessoa (eu sou uma pessoa?).

Tipo, você ser o responsável por tudo que existe de ruim no mundo?

Isso também. Se um cara esquarteja seu hamster, culpa do diabo, se uma mulher dá uma facada no pedreiro, de quem é a culpa?

Sabe, já andei pensando nisso. Temos a mania de tentar justificar nossos erros, colocando a culpa em algo exterior a nós.

Andou, foi? Então foi uma boa idéia clicar no link desse blog quando tava pesquisando filocínicos no Google. Nem parece coincidência... Talvez tenha sido a providência Divina...

Se você diz...

Prosseguindo com seu raciocínio limitado, humano patétic... caro amigo, o homem é assim desde o inicio dos tempos. Se sentia desejo pela mulher de outro, a culpa era da pobre da mulher, se era pobre, a culpa era de seus pais. E quando o homem começou a conceber a ideia de uma divindade totalmente desprovida de maldade, como poderia explicar todos aqueles sentimentos ruins?

Entendo... Então, elas criaram um ser antagônico a divindade para justificar a maldade que nós mesmos possuímos... Peraí, você está me dizendo que não existe Diabo?

Na mosca. Só para fins de curiosidade, você sabia que os primeiros satanistas não eram satanistas?

Eu estou conversando com algo que não existe?

Detalhe, detalhe. Os homens que se denominavam a Ordem De Lúcifer, eram intelectuais renomados que discordavam da truculência da Igreja Católica. Como essa Ordem estava ganhando espaço, a Igreja lançou calunias, acusando esses homens de serem sodomitas, fazerem sacrifícios, dentre outras coisas.

Interessante...

Bom conversar com você, meu caro. Nos vemos em breve lá embaixo. Até!

Como é?!
____________________
Fabiano Che

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tecnologia e Tautologias


BEM VINDO À NOVA COMUNIDADE DE RELACIONAMENTOS DA INTERNET, ONDE VOCÊ PODE REUNIR TODOS OS SEUS AMIGOS!
—Mas, eu não tenho nenhum amigo...

CONHEÇA O NOVO COMPARTILHADOR DE MENSAGENS DA INTERNET, ONDE VOCÊ PODE DIZER TUDO QUE SEMPRE QUIS, PARA QUE TODOS SEUS AMIGOS POSSAM LER!

—Mas, eu não tenho nada pra dizer e não tenho nenhum amigo...

SE ENCANTE COM O INCRÍVEL EDITOR E DIVULGADOR DE IMAGENS DA INTERNET, ONDE VOCÊ PODE DIVULGAR E COMENTAR AS FOTOS DE TODAS SUAS AVENTURAS PARA TODOS OS SEUS AMIGOS!

—Mas, eu não faço aventuras, não tenho nada pra dizer e muito menos amigos...

NÃO PERCA TEMPO! COMPRE AGORA MESMO UM PRESENTE A QUEM VOCÊ AMA! NO SISTEMA DE COMPRAS VIA INTERNET, VOCÊ PODE SURPREENDER SUA NAMORADA COM NOSSOS BELÍSSIMOS PRESENTES!

—Mas, eu não tenho namorada, não faço aventuras, não tenho nada pra dizer e não tenho amigos...

CARA, SE VOCÊ NÃO TEM NAMORADA, NÃO FAZ AVENTURAS, NÃO TEM O QUE DIZER E NÃO TEM AMIGOS, PRA QUE QUER INTERNET?

—Para fazer amigos, ter o que dizer, participar de aventuras e ter uma namorada...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Alma

— Pronto, senhor. Aqui estou eu
— Fala aí. O quê que manda?
— Passei minha vida inteira sem cometer pecado algum.
— Sério?! E daí?
— Como “e daí?”? Por toda minha vida me sacrifiquei e tentei seguir a tua palavra. Acho que chegou a hora de receber algo em troca.
— Ah, malandro. Não me leve a mal, mas o conceito que você tem de pecado foi apenas uma forma pra te condicionarem dentro de um sistema.
— Hein?
— Tolices criadas por homens tolos para homens tolos.
— Então quer dizer que minha vida de privações foi em vão?
— Deveras!
— Puxa! Morri virgem aos 35 anos só porque me disseram que sexo só depois do casamento. E nesse tempo não consegui uma pessoa legal.
— E aquelas gatinhas que te rodeavam?
—Bem, já que estou morto, vou dizer: eu gostava mesmo é de gatinhos. Mas me disseram que era errado, que eu viraria lobisomem.
— Do barulho!
— Trabalhei amargamente como contador numa sala abafada, mas o que eu queria mesmo era ser tatuador. Diziam que era errado marcar nossos corpos. Deixei de ir a festas, bebedeiras, curtição… Não vivi minha vida. Não fiz nada na minha vida.
— Lastimoso.
— Então, onde estamos afinal? No Céu ou no Inferno?
— Cara, estamos aí. Tipo assim, em outra dimensão, saca? Essa parada de “bem” e “mal” não existe, nem nunca existiu.
— Mas me disseram que o senhor ficava olhando nossas vidas e julgando nossas ações.
— Sinistro, aí! Nada a ver. Eu não julgo, meu. Seria absurdo julgar quando dei o livre-arbítrio. Não poderia fazer uma coisa dessas. Por isso que fico o dia todo jogando The Sims.
— Oh! E o que tem pra se fazer aqui?
— Nada, só um vazio infinito. Ao contrário da sua vida, morou!?
— …
— Foda, né?
— É.

domingo, 10 de janeiro de 2010

A felicidade realmente está no caminho

Lá no topo da serra, jaz aquela magnífica torre. Ela parece me olhar com a arrogância típica dos grandes. Parece totalmente inalcançável lá em cima daquele tapete verde de árvores. Eu tento medir a distância com meus olhos e sei que ainda falta muito. Olho pra trás e vejo que ainda preciso andar bastante e talvez ainda não seja suficiente.
Meus pés, em desespero, gritam por um descanso. O suor banha meu rosto, o que me lembra que a água do cantil está chegando ao fim. Parece que uma névoa cobriu meus olhos, ou talvez o mundo tenha se desfocado. De repente a trilha pareceu desaparecer sob meus sapatos. Olho em minha volta e só vejo mato. Amaldiçôo silenciosamente a hora que tive a idéia de subir a maldita serra. Cansado demais para me desesperar, sento no chão, com a cabeça entre os joelhos.
E no momento em que formigas subiam perigosamente em minha perna direita, me levanto e percebo ao longe a ponta da torre entre duas grandes árvores. Minhas pernas cambaleiam em sinal de protesto, mas já tinha tomado minha decisão. Guiando-me pela torre, recomeço a subir e depois de caminhar bem mais que eu gostaria, finalmente chego ao topo da montanha.
Com um enorme sorriso no rosto, me aproximo da majestosa torre, só que alguma coisa parece estranha. Desfazendo o sorriso noto que de perto a torre não passa de um emaranhado de ferro toscamente retorcido. E enquanto lágrimas lavam minhas faces, vejo lá embaixo um monte de pontinhos coloridos, que na verdade são a minha cidade.
Só aí entendo. Alcancei a torre. Cheguei ao topo, tracei um objetivo, que parecia impossível, e consegui. Sinto-me mais forte do que nunca e vejo que em outra montanha há uma torre ainda maior e mais bonita. E mesmo sabendo que vou me perder no caminho, cair e ralar meus joelhos e gritar feito mulherzinha quando uma aranha subir em meu ombro , coloco minha mochila de novo nas costas e parto em direção a segunda torre.

História baseada em fatos reais, exceto pela parte da aranha...

Para maiores esclarecimentos clique aqui
____________________
Fabiano Che

sábado, 2 de janeiro de 2010

Negritude

Eu adorava Deus como sempre fazia, então me disseram para rezar do jeito deles.
Aí as coisas ficaram mais claras, mais críveis não, só mais claras mesmo.

Eu deixava meus cabelos como sempre, então me pegaram e alisaram meu cabelo.
Aí as coisas ficaram mais claras, mais bonitas não, só mais claras mesmo.

Eu amava e divulgava minha cultura, então me disseram que tudo que acreditava era maligno e terrível.
Amordaçaram-me e me forçaram a engolir a cultura deles.
Aí as coisas ficaram mais claras, mais sensatas não, só mais claras mesmo.

Assim fizeram com minhas roupas, comidas, músicas e tudo que faziam de mim, eu mesmo.
Aí as coisas ficaram totalmente claras, sensatas não, só claras mesmo.

Então, me olhei no espelho e vi que, graças a Deus, as coisas continuavam escuras.
Escuras não, NEGRAS!

Foi assim que percebi que podiam “embranquecer” minha religião, meus cabelos, minhas roupas e até minha pele.
Mas meu coração, eles nunca conseguirão clarear!

VIVA O NEGRO! VIVA O BRANCO!
________________
Fabiano Che

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Mudança de horizontes


É aquela velha história. O segundo parto. Tudo que você conhece fica para trás. No início você sorri para o céu das novas oportunidades. Aí você se dá conta que está sozinho. Olha para aquela parede cinza a sua frente e se depara com a solidão.
Então você mergulha no turbilhão de cores, sons, emoções e tudo mais que uma vida nova propicia. Aí você sente frio, muito frio. E se cansa de todo aquele barulho. E quando seus olhos começam a se acostumar com a claridade, BANG!, Você leva uma martelada na cabeça, grita por socorro, mas sabe na superfície e no fundo de seu coração que a única pessoa, ou as únicas pessoas, que te estenderia a mão ficou lá atrás, antes do início deste texto.
Você inspira, mas lhe tiraram todo o oxigênio. Você chora até se cansar e se cansa de tanto chorar, e alguns instantes antes de acabarem as lágrimas, você levanta e vai viver seu sonho.

Feliz Ano Novo (e que seja Novo de verdade)!!
____________________
Fabiano Che