domingo, 5 de julho de 2009

A Fazenda

É suficientemente clichê falar do Big Brother.
A direção repudia clichês.
Logo resolvi usufruir de um estratagema para que essa regra suspensa no ar fosse burlada.
Falemos sobre o programa A Fazenda, então.
Pra você que não assistiu ainda, saiba — sortudo — que é a mesma merda. Não estou falando dos regulamentos nem do sistema televisivo empregado, mas de seus teventes. Eu também não assisti ativamente — amém! —, mas pude ver — como um fumante passivo — as mesmas coisas se repetindo. O mesmo câncer se espalhando pelas células já enfraquecidas.
Ficam todos embevecidos em frente à caixa, observando aquele mundo cheio de conflitos, onde há os “bons” e os “maus”, insultando os participantes como se esses pudessem ouvi-los. Fazem aquela mesma cara, boquiabertos, com babugem escorrendo por seus lábios. Quem olha de relance pode jurar que os vê dançar Thriller junto ao recém-falecido rei do pop.
Gastam todo o crédito do celular pré-pago tentando ferrar com a vida daquele maldito ignóbil, ou daquela estúpida galinha, ou daquela bicha, ou do diabo! Têm a chance de prejudicar todos aqueles representantes de uma determinada característica da qual repelem — queimem o preto, o velho, o crente, o comunista.
As cavalares doses de sedativo que lhes são dadas a cada programa impedem o despertar. Não adianta gritar, não adianta sacudi-los, nem fazer cócegas. Enquanto não pararem de injetar em suas próprias mentes o material que está nas seringas fornecidas diariamente, continuarão imersos num sono profundo, proporcionando-lhes, em longo prazo, uma ressaca tão divertida quanto o inferno.
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Giuliano Marley

7 comentários:

william gomes disse...

Mas o intrigante é que essas merdas só vão ao ar por ter quem assista. Que tragicômico!

william gomes disse...

Fabiano,

A SOMBRA
ASSOMBRA

Valeu pelo comentário, cara!

Fabiano Che disse...

Então estar a usars de subterfúgios para burlar as regras hein? Eles não vão gostar de saber disso.
Quanto ao texto é mal dotado de tamanho ( parece com os meus) mas os recurso linguístico utilizados mascaram a pequenez do mesmo.
Queimem a fazenda!!!

Ailton disse...

As pessoas clamam por entretenimento barato. Como mencionou o rapaz logo acima, o que assusta é o fato de que, esses programas existem porque as pessoas o querem. Eles não são impostos, mas sim, clamados.

Sem doses homeopáticas em escala industrial, de entretenimento, o mundo não anda.

Unknown disse...

Olha pra mim BBB A fazenda casa dos artista é tudo um monte de programa pra encher a grade e melhor q um monte de gente perde seu tempo assiistindo esses programas q num atribuem em nd...¬¬

http://anynha-nanda.blogspot.com/

Vanessa Gomes disse...

Na verdade, numa noite, quando eu estava cansada de estudar, fui "saltar" por canais afora dessa nossa belíssima TV, e vi algo parecidíssimo com BBB, era "A fazenda". Sim, é a mesma merda de sempre.

Acredito que é um refúgio para pessoas carentes.Por não ter nada interessante para fazer, querem bisbilhotar "vidas" à mostra e julgá-las; como se tivessem o direito de fazê-lo.

Seé que aquilo que acontece ali dentro é vida.

Qualquer coisa é mais interessante que assistir a casa, a fazenda, o bbb...

Lu Maria disse...

Olá! Estava navegando por aí, quando achei teu blog. Adorei!!! Adoro blogs pensantes! Vou voltar mais vezes...!
Quanto ao post... eu sou super a favor de tudo. Se tem gente que assiste, eles pagam a conta de luz deles, eu vou fazer o que? Cada um vê o que quer. È uma questão de cultura, discernimento, carência mesmo. A maioria brasileira não tem National Geographic pra assistir. Acho que cada um sabe de si. Tem muita coisa pior que esses realities por aí... e tem público pra tudo. Toda proibição é censura.

Até!

Eliana