Referência: Capinaremos____________________
Giuliano Marley
Visando sempre o bem comum e a tranquilidade das mentes inquietas, o Atestado Pedante orgulhosamente lança a campanha Abaixo a Leitura. Através de um estudo realizado por diversos pesquisadores, constatou-se que a informação lida, em detrimento das outras mídias, provoca no homem reações adversas e deveras perigosas.
A mansão possui:
Quando ouvimos falar em Quinta-feira 12 já ficamos logo assustados e nos lembramos de todas as velhas superstições que a englobam: gatos pretos, espelhos quebrados, não passar por debaixo das escadas e muitos outros que nos permitem acreditar que tragam azar, mas isso são apenas, como citei acima, superstições, que nossa cultura adotou com o passar dos séculos.Para os místicos, este dia está associado à evolução de todo ser e também é um dos dias mais poderosos, pois o número 12 somado é igual a 3 (1+2=3) e o número 3 significa o tudo existente, os três patetas, Moe, Curly e Larry.Mas a superstição da Quinta-feira 12 surgiu com os romanos. Não tinha nada de azarento. Com o passar do tempo, alguns acontecimentos dados nesta época marcaram este dia, transformando a Quinta-feira 12 em um dia temido por muitas pessoas.Uma lenda européia diz que na Quinta-feira 12 "as bruxas estão à solta".A palavra superstição significa "vidente ou profeta". As superstições aparecem como explicação para muitos fatos que desconhecemos.Acreditem se quiser, mas as superstições e o azar estão ligados apenas a acomodação e a falta de fé, uma maneira de encontrarmos culpados para nossos insucessos ou fracassos, muitas das vezes resultantes de nossa própria falta de cuidado e esforço.Quando nós não conseguimos o que queremos, botamos a culpa logo no azar, mas quando tudo nos dá certo, aí sim somos "SORTUDOS".Infelizmente, nós seres humanos, de tudo que nos acontece, sempre damos valor aos nossos fracassos e não vemos tudo de bom que podemos fazer.A superstição é derivada apenas de nosso desconhecimento, mas quando nos tornamos mais conscientes de nossos atos, nossa forma de pensamento se fortalece.Superstições são culpados que encontramos para nossos erros e desconhecimentos:
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Uma criança de uns 5 anos pergunta pra sua mãe:
— Oi, Deus, você está aí?
Há exatos 40 domingos o Atestado Pedante fora criado por dois supostos fanfarrões, Fabiano Che e Giuliano Marley ( até hoje me pergunto o porquê desse sobrenome, seria por causa do cachorro?), com o objetivo de divulgar suas indagações e questionamentos ( a redundância é uma arte). Tentando fugir do lugar comum blog-pedante-filosófico, vários temas foram abordados, de um papo com Deus à alma de ouro de tolo, da raposa no galinheiro livre à necrofilia da arte. Tudo isso com o intuito de mudar o mundo ou pelo menos inspirar uma criança. Enfim, depois de 10 meses, chegamos ao post de nº 50. Será que alcançaremos o nosso objetivo de sacudir as pessoas para que acordem e saiam da prisão das certezas e verdades intuídas, ou pelo menos chegarmos ao centésimo post? Ou desistiremos de nossos ideais para nos adaptar ao mundo cruel? Não percam os próximos episódios... P.S.: Acho que não escapamos do lugar comum...
Cansei! Estou exausto. Meus dedos, joelhos, cotovelos e tornozelos doem. Meu nervo ciático do lado esquerdo vive latejando e recebi uma pancada no lado direito das costas ontem… Mas esse é o tipo de cansaço que eu postaria num blog pessoal.
Há muito tempo, sua pá era sua única companhia. Seu trabalho era árduo, mas muito simples. Só tinha que colocar a areia, que caía da esteira, novamente na esteira. Não tinha que resolver problemas nem se preocupar com mais nada. Era só a pá, ele e Deus (ou pelo menos, ele e a pá). E assim seguiam os dias. O ontem era igual ao hoje e o amanhã não seria diferente. Afinal, quem precisa de novidades? Nada de aborrecimentos, choros ou risos. Raramente alguém passava por seu local de trabalho. E mais raramente ainda, queriam saber o que ele achava das coisas. Num desses dias incomuns, um sujeito estranho lhe perguntou o que sabia sobre a economia do país. Ao ver a indagação nos seus olhos, o cara estranho perguntou sobre a política de seu estado. Novamente a resposta foi uma tremenda expressão de dúvida. Depois sobre as novidades da cidade, religião, e por último sobre a empresa que trabalhava. Como a resposta era sempre a mesma, o estranho cansou e foi-se embora. Que sujeito idiota, pensou o homem. Como ele poderia imaginar que eu saberia todas aquelas coisas? Se a única coisa que faço é trabalhar com essa maldita pá, dia e noite!?
Todo mundo era cinza. Ela era dourada, parecia iluminar tudo que tocava. Ele era cinza. Um dia ele a encontrou e ficou encantado com sua cor e brilho. Ela parecia triste, e quando foi questionada de como alguém tão colorida poderia não ser a pessoa mais feliz do mundo, lhe respondeu: De que adianta poder falar, se ninguém consegue te ouvir? Pra que iluminar, se as pessoas cobrem seus olhos para protegê-los da luz?
Visando novas perspectivas, tentando enxergar o outro lado de um dado, a direção do Atestado Pedante, após muito debate, concluiu que outro quartel-general deveria ser fundado. Estava ficando sofista ter duas mentes vivendo na mesma realidade. Simplesmente um desperdício.
Havia muito tempo que era piloto de avião. Mas somente quando seu país foi invadido por uma nação estrangeira, é que decidiu se alistar no exército. Afinal, jamais poderia permitir que estranhos matassem, saqueassem e destruíssem o lugar onde nasceu. Era difícil no início, mas logo se acostumou com o estilo de vida militar. A guerra já estava praticamente ganha agora. Enquanto sobrevoava os restos mortais de uma cidade em chamas, lembrou-se de um bombardeio que fizeram em sua pátria. Escolas, hospitais, orfanatos, vieram abaixo. Milhares de mortos. A maioria era contra a guerra, boa parte nem sabia o porquê e muito menos contra quem estavam lutando. Por isso, quando o questionavam se não sentia remorso pelos inocentes que matava, a resposta era sempre a mesma: Não! Afinal de contas, eles começaram a maldita guerra, agora que agüentem as conseqüências. E se tirava a vida de uma criança, ou mesmo de um idoso, estava no seu direito, pois só estava impedindo que fizessem o mesmo com os de seu país. Não gostava daquilo, mas era seu dever cívico. Claro que a maioria daquelas pessoas que matava era tão inocente quanto os seus conterrâneos e, além disso, algum soldado rival poderia usar o assassinato dos seus compatriotas como motivação para lutar, mas, mas… Assim é a guerra, a razão está do lado do mais forte. Imerso em seus pensamentos, não pôde perceber que um aeroplano inimigo o acossava. Aconteceu rápido demais. Seu avião foi atingido e rapidamente começou a perder altura. Alguns instantes antes de sua aeronave colidir mortalmente com o chão, se lembrou, não se sabe por que, de uma palavra que tinha sido pintada muitos anos antes na asa esquerda de seu avião: TOLERÂNCIA. P.S.: Tô meio sem inspiração e só saiu isso aí…
Nós vivemos pela lei: Preocupe-se somente consigo, só se preocupe com seu bem-estar e se esforce bastante que um dia você chega lá.
No quarto dia, do primeiro mês, do duo-milésimo nono ano do atual — e falível — calendário, o Atestado Pedante fora criado. E junto com sua criação estava o forte desejo de Giuliano Marley em escrever sobre a necrofilia da arte.
Alberto não acreditava muito em videntes, mas aquela cartomante chamou sua atenção. Resolveu entrar em sua tenda, rindo de si mesmo por isso, e se consultar com a estranha senhora. A mulher trajava um vestido azul envolto em mantos, o que lhe dava um ar misterioso e levemente cômico. A velha o convidou a se sentar em um banco torto e começou a brincar com seu baralho. Você realmente deseja saber o que lhe é destinado, meu jovem? Perguntou a cartomante, acho que sim, respondeu Alberto um pouco sem jeito. Então a velha dividiu seu baralho em dois, tirou cartas de um e de outro, as espalhou pela mesa e em um transe fajuto murmurou:
É suficientemente clichê falar do Big Brother.
Pessoal, o Atestado Pedante está no Top 100 Top BLOG. Obrigado a todos pelos votos e continuem votando.Violentamente Pacífico é um vídeo de Gabriel Teixeira realizado no Bairro da Paz (Periferia de Salvador-BA) entrevistando Ras Mc Léo Carlos, cidadão…
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A direção
Nossa, finalmente chegou o domingo. Depois de trabalhar duro a semana inteira, nada como sentar em frente à TV para relaxar e esquecer todos meus problemas… Mas que diabos!! Todos os canais estão fora do ar! Labuto que nem um condenado e não posso comprar sequer uma antena de verdade. Perdoe-me, Meu Deus, por estar reclamando, tem gente por aí que nem tem o que comer, se bem que aqui em casa às vezes falta o que comer também.
Numa velha fazenda, situada não importa onde, vivia, não importa quando, um fazendeiro muito velho e seu filho manco. Era uma fazenda paupérrima que tinha apenas uma pequena horta de onde tiravam o dinheiro para se sustentarem. Não tinha nenhum animal além de um velho burro de carga.
Quando digo que todas as pessoas são inteligentes, mas algumas se esforçam mais que as outras, sou alvo de dedos trocistas (tenha como “inteligência” a capacidade de se expressar lógica e criticamente de forma razoável). Parece que a porção do encéfalo que ocupa toda a parte superior e anterior na caixa craniana das pessoas sofreu de uma insuficiência nutritiva que se exteriorizou por desgaste ou diminuição das células nervosas (seus cérebros atrofiaram!). Não sei se isso é genético ou se Deus coloca asteriscos apenas nos nomes de alguns. Não sei! Mas o fato consumado é que seus malditos corpos são bombardeados por alimentos que causam deterioração. Carnes, frituras, doces e todo esse lixo que é consumido em excesso sem nenhum escrúpulo estão na lista (sem fontes confiáveis). Cito ainda o álcool. Sou a prova viva do mal que isso pode causar à capacidade mental. Eu bebia (esporadicamente) e me sentia tão estúpido. Depois que parei com esse hábito (“culpa” da falta de verba) comecei a enxergar as coisas com maior clareza. Minha perspicácia tinha retornado. Hoje voltei a bebericar aquela bebida fermentada gaulesa, feita de cevada, do lúpulo e doutros cereais, pois agora me encontro numa surmenage. Aí me convenço ainda mais desse definhamento cerebral. A maioria das pessoas trabalha em empregos árduos, estressantes e que lhes causam uma canseira desmedida. Elas se vêem obrigadas, assim como eu me vejo atualmente, a consumir essa bebida que derrete os neurônios. E parece que derrete mesmo. Estava eu numa palestra anteontem para os pintores na loja de materiais de construção que trabalho e pus em prática minha habilidade já reconhecida por uma grande mente: minha percepção (que soberbo)! Numa apresentação de qualquer caráter, sempre me situo nos fundos do ambiente para que eu possa perceber de forma mais apurada. E lá me encontrei, dividindo meu cérebro para prestar atenção à rica palestra que não me envolvia de maneira nenhuma (ou seja, não sou pintor nem vendedor de materiais para esses profissionais e não importava se eu tivesse assistido à conversação ou não). Olhando para todos os lados, vi que os presentes, na qual deveriam se aperfeiçoar, simplesmente estavam com olhares vazios. Pareciam cansados de tudo aquilo que, com certeza, faria com que se tornassem melhores em seus ofícios. Via em seus olhos a churrascada e cervejada que esperavam por todos logo a seguir. Apenas alguns estavam atentos como eu, e esses eram aqueles à qual eu julgava serem de uma capacidade intelectual mais acentuada (que altivo!); os outros era aqueles à qual eu julgava ébrios. E quem bebe tem estilo, diz a caixa! Dentro dela vê-se que, ao beber, lindas modelos apaixonar-se-ão por você, você terá carros conversíveis, muitos amigos e felicidade plena. Ela lhe mostra uma saída para o caos que se estabeleceu na realidade. Ela quer que você fuja e que não encare seus problemas. Essa maldita caixa. Ah, a caixa! Essa sim faz seu cérebro se empobrecer. Você confia nela! Ela lhe dá respostas prontas e você as recebe sem ao menos duvidar e questionar. Se teve uma reportagem onde diz que o avião da Air France caiu na ilha de Lost, então você dirá a todos que assim aconteceu. Quem duvidar, questionar ou trazer outras hipóteses será chamado de burro. Você precisava (não, não precisava) ver o papo dos chapas que estavam descarregando uma carreta de piso na sexta-feira pela manhã, justamente sobre o tal avião, passando pelo padre dos balões, chegando até Lula e Obama. Só me fez anotar o resultado e ter condições de escrever o atual parágrafo. Já falei sobre as novelas, não? Sim, então nem precisa mais dizer nada sobre o assunto, apenas que, além de não lhe dar nada, ela lhe tira. Não gosto de fazer o estilo que impõe, mas vejo que é por uma causa nobre. Então, exercite essa geléia que você chama de cérebro. Vá ler um livro, um blog que aspira à sensatez, uma bula de remédio. Jogue aqueles estúpidos quebra-cabeças em flash que estão suspensos na Internet. Efetue problemas, mesmo que simples, das quatro operações fundamentais no papel, nos dedos ou de forma rupestre. I don’t know, but… Não diga que tem preguiça, pois acabará sendo esse um sinal de verossimilhança de minhas teorias. Leia esse texto até o fim, analise e dê sua opinião. Concorde comigo, mas não pra querer me agradar; discorde de mim, mas não por me achar arrogante. Não force uma cerebrastenia. Depois não me venha reclamar de sua vida enfadonha e sem objetivo.
— Ei, Deus. Posso expor nosso diálogo para que todos vejam?
As pessoas têm o hábito de comprar verdades prontas e enlatadas, fugindo de qualquer reflexão. Por exemplo, se eu te perguntasse se há um céu para onde se ir, você provavelmente diria:
Das sátiras de Juvenal, essa expressão traduzida do latim significa “Quem guardará os guardiões?”.
SE Ernesto tivesse virado à esquerda como faz todos os dias, possivelmente teria parado em frente à vitrine de uma loja para admirar uma jaqueta que estava em destaque. Ele provavelmente se atrasaria para o trabalho, pegaria um atalho e veria um assaltante roubando uma velhinha. Ele viria ajudá-la, o que afugentaria o meliante. A senhora agradeceria e prometeria tomar mais cuidado. Ernesto teria uma boa desculpa pelo atraso e talvez resolvesse aproveitar o resto da manhã, vendo um bom filme no cinema.
…como eu estava dizendo, o Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravatura. Digo, foi o último país ocidental independente a acabar com a escravidão. Aliás, ainda não abolimos! Hoje eu posso ter meu próprio escravo. De qualquer etnia, religião, gênero… Desde que tenha mais de 18 anos e uma carteira de trabalho. Posso fazer com que ele trabalhe de domingo a domingo e pagar-lhe-ei, dentro da Lei, o suficiente para que ele mal sobreviva.
O que você deu de presente pra sua mãe hoje? NÃO, NÃO! NÃO ME CONTE! Não quero saber, pois, pelo menos pra mim, tanto faz… […] Espero que não seja um sofá ou um liquidificador… Ei, calma, tanto faz mesmo. Mas saiba que seria estúpido da sua parte dar esse tipo de presente (apesar de eu acreditar que as pessoas fazem o que quiserem com suas próprias vidas, inclusive dar qualquer presente). Mas… é que…
— Meu Deus, um emo!! Adoro emos!!
A incompreensão gera desconfiança. O homem sempre está buscando respostas para suas perguntas (pra quê mais seria?). E quando se depara com algo que não consegue explicar, justifica como injustificável. Assim surgiram os mitos. E ao aceitar o mito como realidade, surge o dogmatismo que engessa o raciocínio, transformando as pessoas em estátuas de sal (Não tente entender, só ouça seu coração). O homem preso à moral dogmatizante é ingênuo, despreza o raciocínio, presume e aceita silenciosamente o mito.
Baseando-se no calendário gregoriano, há exatos 509 anos “descobriram” um lugar que acabou por ser chamado de Brasil. Então vamos comemorar!